Qualquer tipo de lesão na medula espinhal, principalmente causadas por discopatias.
Ruptura total de medula e pacientes portadores de neoplasia.
São indicadas de 1 a 3 aplicações. Nos casos agudos fica indicada uma aplicação intralesional (diretamente na medula espinhal), a qual pode ser realizada no transcirúrgico. Nestes casos, se o paciente não apresentar nenhuma melhora em 30 dias indicamos uma segunda aplicação. Nos casos crônicos fica indicado uma aplicação intralesional (diretamente na medula espinhal), a qual pode ser realizada no transcirúrgico ou via cateter epidural e mais duas aplicações via cateter ou sistêmica.
Lesões medulares tem características muito singulares, o que torna a resposta ao tratamento bastante individual. Pacientes que ainda apresentam sensação dolorosa profunda, tem um melhor prognóstico quando comparados aos que não apresentam. O tempo de cronicidade, como em todas as patologias, também interfere no prognóstico, tendo os casos agudos, prognóstico mais favorável que os crônicos. Contudo, em todos os casos (agudos ou crônicos) um fator fundamental é que deve ser realizada a descompressão da medula anteriormente a aplicação das células. É preciso que se tenha a certeza que não existe nenhum tipo de obstrução no canal medular, sendo para isso, na maioria das vezes, solicitado exame de ressonância magnética ou tomografia computadorizada. De uma maneira geral, observamos pela nossa casuística um aumento significativo (em torno de 50%) no sucesso das cirurgias de coluna quando associadas ao transplante de células tronco. Além disso, uma condição observada pelos fisioterapeutas é que a recuperação do paciente se torna mais rápida, restabelecendo com maior facilidade o tônus muscular, o que favorece a reabilitação. A ação das células tronco reduz a formação da cicatriz glial e da membrana de laminectomia acelerando essa recuperação dos pacientes. O tempo de resposta também está diretamente ligado à gravidade da lesão e à realização da fisioterapia. Em média, podemos observar a volta da sensibilidade dolorosa e/ou movimentos voluntários das patas em até 1 mês. A expectativa de reabilitação das lesões agudas é de no máximo 3 meses e das lesões crônicas pode chegar a 6 meses.